Dalton Trevisan comemorou, em 2020, seus 95 anos. É um dos autores mais importantes, mais prolíficos e mais significativos da literatura brasileira em todos os tempos. Sua obra, em termos formais, se caracteriza pela procura incessante da expressão mais sintética, mais curta, da procura da maior expressividade com a menor utilização de recursos, dos lexicais às figuras de linguagem. É, pois, minimalista, elíptica, sintética, perfeccionista – e profundamente original, na cosmovisão e no modo de narrar. O universo humano de sua obra é de seres que se desumanizam, reificados, degradados, a arraia miúda social, que vive a um passo da miséria e da fome e busca a sobrevivência emocional no amor, amor que é brutalizado, sexualizado, sempre em fuga, sempre aquém das esperanças, sempre a um passo da tragédia, que muitas vezes é vivenciada.
Por esse universo noturno, esquivo, desolador, e pela alcunha de um de seus personagens mais célebres, Dalton passou a ser conhecido como “O vampiro de Curitiba” – é na cidade natal do escritor que suas personagens transitam, uma Curitiba recriada ficcionalmente e evocada como cenário de sombras para personagens que passam a vida à sombra da história, sem marcarem suas trajetórias violentas e violentadas por nenhum ato significativo, sequer pelos momentos fugazes que justificam a narrativa que lhes dá vida.
A ética das personagens segue o mesmo campo das sombras, com cada personagem na defesa de seus interesses mais mesquinhos, miúdos, interesses definidos sem a consideração do outro com quem convive, do outro como coletividade, sociedade, e do outro como sujeito. O universo dos contos de Dalton Trevisan é cruel, e cada ser humano é um animal hobbesiano de garras afiadas e de dentes pontiagudos, um lobo feroz, pronto para destruir o outro. O pecado original de cada personagem é caminhar pela vida como um autômato, à mercê de eventos que lhe escapam e intimamente destruído pelo próprio ato de existir, pelos instintos, pela vocação primitiva, por reações imediatas, précognitivas.
O esquivo autor criou, em 1946, a revista Joaquim, que deixou de circular em 1948. Renegou seus primeiros livros. Tem quase uma centena de títulos publicados. Continua em atividade, escrevendo nos últimos anos contos muitíssimo curtos, minicontos, microcontos, narrativas símiles – na busca da essência minimalista na expressão verbal – à forma poética do haikai.
Selecionamos, abaixo, algumas frases lapidares do escritor e reproduzimos uma entrevista – concedida em 1968 ao então (somente) contista e (eventualmente) jornalista Luiz Vilela – em que ele fala de si mesmo como escritor. Na afirmação de que “o escritor é antes de tudo um monstro moral”, Dalton define sua ética, e dessa ética decorre sua estética.
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“A figura do autor pouco importa: o que realmente vale é livro.”
“Os elogios são inúteis; uma crítica me estimula quando é negativa.”
“Escrever é a única justificativa que encontro para estar vivo. Meus gestos cotidianos são vazios. […] O escritor troca a sua vida por nada.”
“Não fale, amor. Cada palavra, um beijo a menos.”
“O que não me contam eu escuto atrás das portas.”
“Espião dos corações solitários. Um espião de bote armado, eis o contista.”
“Concordo em ceder um conto inédito, mas não dou entrevista. O importante não é o autor, é a obra.”
“Escrever bem é pensar bem, não uma questão de estilo. Os bons sabem de seus muitos erros, os medíocres não […]”
“O amor é uma faca no coração. Cada dia se enterra mais fundo, que não deixe de sangrar.”
“Se Capitu não traiu Bentinho, então Machado de Assis é José de Alencar.”
“A velha insônia tossiu três da manhã.”
“Pra escrever o menor dos contos a vida inteira é curta.”
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A HISTÓRIA DO CONTADOR DE HISTÓRIAS
Luiz Vilela
O professor de Português, no ginásio, tinha marcado uma redação para casa. Um dos alunos escreveu sobre uma criança pobre passando fome. O professor disse que o menino era “comunista e neurótico”. Comunista ele já sabia o que era (isso foi no tempo do Estado Novo); neurótico, ele foi em casa olhar no dicionário. Agora, aos 43 anos, ele lembra: “Foi esse o meu primeiro contato com os julgadores literários.” Mas os críticos de hoje não pensam como aquele professor: eles acham que Dalton Trevisan é o maior contista brasileiro vivo, e há oito dias lhe deram o maior prêmio do maior concurso nacional de contos.
Magro, de cabelos claros e alguns já brancos, óculos de lentes grossas, vestido de maneira simples e meio displicente, ele vai pelas ruas de Curitiba com alguns amigos, falando de sua vida e de sua literatura. De vez em quando a conversa é interrompida por um conhecido, que lhe dá os parabéns; mas isso acontece pouco: para quase todas essas pessoas ele é apenas um cidadão comum, sem nada de especial.
Numa praça, sentados num banco de madeira, estão quatro bêbados, sujos e barbudos; Dalton Trevisan aponta para eles e diz, referindo-se a um de seus contos: “Aí o ‘cemitério de elefantes’…”
Ele continua a lembrar coisas de quando começou a escrever. O que aconteceu no ginásio não o desanimou; pelo contrário. “Os elogios são inúteis; uma crítica me estimula quando é negativa.” Quando uma grande editora publicou pela primeira vez seus contos, um crítico importante falou mal deles. “Isso foi ótimo para mim”, diz Dalton. Não é que concordasse com o crítico: mais tarde, já reconhecido por quase toda a crítica como um dos maiores escritores brasileiros contemporâneos, Dalton, ao publicar um novo livro por outra grande editora, pensou em “pôr aquele artigo como orelha do livro”.
Mas a fama custou a chegar, e foi preciso muita luta. Depois das redações no ginásio — “eu fazia não só as que o professor marcava, mas também as que o livro sugeria no fim da lição, porque eu gostava de escrever” — veio a Faculdade de Direito, onde ele era bom aluno e bom atleta: ganhou várias medalhas nas competições. Ao mesmo tempo, era repórter de polícia: “Foi a primeira vez que eu vi um morto.”
Apareceram os seus primeiros livros, Sonata ao Luar e Sete Anos de Pastor, que não tiveram quase nenhuma repercussão entre os críticos e que ele hoje diz arrepender-se de ter publicado.
Ele criou também, com outros, a revista literária Joaquim, que ficou famosa e revelou nomes hoje importantes em nossas artes.
Mais tarde, já em 59, a editora José Olympio publica Novelas Nada Exemplares. Tiragem: 1.000 exemplares. O livro quase não vende. Os editores fecham as portas a Dalton.
Ele perde algumas ilusões, mas não perde a vontade de escrever. Tem a idéia de fazer algo parecido com a literatura de cordel, do nordeste: são pequenas brochuras, em papel de qualidade inferior, que ele distribui de graça a alguns amigos. “Eram duzentos exemplares; eu me sentia realizado: em poucos dias a edição se esgotava.”
Alguns críticos comentavam com entusiasmo os contos do estranho e misterioso escritor que morava em Curitiba e que ninguém conhecia. A curiosidade dos leitores aumentou. Começou a nascer um mito. Os editores se interessaram. O resto da história é conhecido: outros livros (Morte na Praça, Cemitério de Elefantes, O Vampiro de Curitiba), prêmios, antologias, traduções para o estrangeiro. Mas, para muitos, o mito continua: Nelsinho, o vampiro que desliza pela noite fria de Curitiba, à procura de mulheres, não é outro senão o próprio Dalton Trevisan.
O vampiro sorri e confessa: “Eu sou casado, muito bem casado.” Ele tem duas filhas e diz: “Gostaria de ver o nome delas na reportagem; se chamam Rosana e Isabel.” As outras pessoas da família: dois irmãos, que, como ele, trabalham na cerâmica do pai. A mãe morreu no ano passado, e depois disso ele ficou seis meses sem escrever.
Alguém pergunta se eles leem os seus contos; Dalton responde que sim, mas diz que às vezes preferiria que não lessem. “Eles devem pensar: como que uma pessoa educada com carinho, nos melhores sentimentos, virou esse monstro moral?”
É meia-noite num bar, e o garçom acaba de pôr mais uma dose de uísque nos copos. O rosto de Dalton, vermelho, tem um aspecto carregado e trágico: lembra alguns retratos de Giovanni Papini no fim da vida, um Papini mais moço. “É isso o que o escritor é: um monstro moral.” Sua voz, que é interior, dá um ar mais sombrio ainda à frase. “O escritor é uma pessoa que não merece nenhuma confiança. Um amigo chega e me conta as maiores dores; eu escuto com atenção, mas estou é recolhendo material para mais um conto. E eu sei disso na hora. Surge então a má consciência. Sei que estou fazendo assim e não desejaria fazer, mas não há outro jeito. O escritor é um ser maldito.”
“Vejam”, continua Dalton, “meu conto ‘Último dias’ é sobre a morte de minha avó. Era uma pessoa por quem eu tinha a maior afeição. No entanto isso não aparece no conto, só aparecem coisas negativas. Não sei, talvez fosse inabilidade literária minha.”
Um breve silêncio para o uísque. Dalton fica de cabeça baixa, olhando para a mesa, coberta com um forro vermelho. O bar está na penumbra. “Mudar a vida”, ele diz; “quando comecei a escrever, eu pensava nisso: changer la vie, como disse Rimbaud. Mas isso evanesceu logo.”
Rimbaud, aos vinte e poucos anos, parou de escrever e foi ser mercador na África. “Dalton, você já pensou em parar de escrever algum dia?”, um amigo pergunta. “Bom, eu às vezes passo meses inteiros sem escrever nada; mas parar definitivamente, não. Tenho fases: há ocasiões em que escrevo três, quatro contos em poucos dias. Mas, depois, passo muito tempo sem escrever uma linha. Também reescrevo sempre os meus contos. Às vezes me dá medo de morrer: então disparo a escrever.”
“Escrever é a única justificativa que encontro para estar vivo. Meus gestos cotidianos são vazios. Mesmo o amor e o sexo; o sexo dura muito pouco tempo. As outras coisas? Eu não tenho o dom de ganhar dinheiro; nem ambição de poder. Escrever é uma atividade inútil, mas, para mim, ainda é a menos inútil de todas e a que me faz continuar vivo. E qual a compensação de escrever? Uma frase boa que a gente cria, uma imagem, coisas assim, que agradam num momento e no dia seguinte já nos deixam insatisfeitos. O escritor troca a sua vida por nada.”
A noite de Curitiba está fria mas agradável. Alguém sugere um cafezinho. Dalton sorri: “Eu não. Não quero tirar o gostinho bom do uísque.”
Na redação de um jornal, um repórter lhe dá algumas fotos suas. Ele olha uma por uma com atenção: “Puxa, não é que estou bacana aqui? Estou começando a gostar dessa coisa toda…” Mesmo quando está mais sério, Dalton não parece ter 43 anos. Ele não tem nada de um quarentão; lembra um jovem professor universitário, calado, atento, extremamente simpático.
Diz que é um tímido e que foi essa uma das razões por que se criou a lenda em torno dele. Seus amigos são poucos mas escolhidos. Alguns moram no Rio: Hélio Pellegrino, Otto Lara Resende, Fernando Sabino, José Carlos Oliveira, Fausto Cunha. De vez em quando ele viaja e se encontra com eles; mas não pensa em mudar-se para o Rio: “Tenho pavor da cidade grande.”
Sobre o isolamento em Curitiba: “Não posso me comunicar com escritores que estão ainda na pré-história da literatura.” E conta: “Acho que Curitiba é a capital do Brasil onde menos se vendem os meus livros.”
Já é quase de madrugada, e Dalton, depois de conversar sobre literatura, rir, comer, dançar numa boate, prepara um manuscrito para a entrevista.
“Quê que eu digo?”, ele pergunta.
Pensa um pouco, e escreve: “Meu lugar é entre os últimos dos contistas menores.”
Originalmente publicado no Jornal da Tarde,
São Paulo, em 6 de julho de 1968
Mais informações sobre essa entrevista em:
< http://gpluizvilela.blogspot.com/2012/06/luiz-vilela-55-anos-de-ficcao-5.html >.
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O escritor paranaense Miguel Sanches Neto, escritor e figura pública admiráveis, conviveu durante décadas com Dalton, tendo escrito estudos acadêmicos sobre a obra de Trevisan. Escreveu também um roman à clef, com o sugestivo título de Chá das cinco com o Vampiro. Sobre a retomada autobiográfica em textos ficcionais, e tratando diretamente da afirmação de Dalton de que “o escritor é um monstro moral” e do procedimento de “coleta” das misérias humanas para recriá-las ficcionalmente utilizadas por Trevisan, faz considerações verdadeiras e da maior relevância. Vamos a elas.
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Em depoimento a Luiz Vilela (“Jornal da Tarde”, 6/7/1968), o contista paranaense Dalton Trevisan explica o seu processo de criação, assumindo de forma resignada a natureza do escritor. Para não negar a sua vocação, o ficcionista tem que se valer das confissões que lhe são feitas. É um procedimento invertido: o escritor trai para não se trair. Trevisan chama isso de “má consciência”, deixando implícito que sem ela não há arte verdadeira:
“O escritor é uma pessoa que não merece nenhuma confiança. Um amigo chega e me conta as maiores dores; eu escuto com atenção, mas estou é colhendo material para mais um conto. E eu sei disso na hora. Surge então a má consciência. Sei que estou fazendo assim e não desejaria fazer, mas não há outro jeito. O escritor é um ser maldito”.
O escritor é o profissional que se apropria indevidamente de histórias, não reconhecendo limites para o seu trabalho. O Outro é uma reserva narrativa, que deve ser incorporada à obra. Escrever funciona como um assalto à vida, não sendo possível pedir permissão para compreender a condição humana. Ao publicar “A Faca no Coração” (Civilização Brasileira, 1975), Trevisan reelabora essa confissão feita a Vilela, estampando na orelha do livro, numa pequena arte da escrita, um tópico sobre o tema: “Vampiro, sim, de almas. Espião dos corações solitários. Escorpião de bote armado, eis o contista”. Espionar toda e qualquer pessoa é a tarefa do escritor que se move por um desejo de desvendar o outro e de se desvendar. O contista está sempre preparado para o ataque, em sua natureza de “monstro moral” – para usar as palavras de Trevisan.
A literatura parte, assim, desses vínculos biográficos, que a potencializam e lhe dão um funcionamento próximo do real. Ao estabelecer amizade com um escritor, nasce automaticamente um pacto de que esse convívio é, desde o início, um laboratório, no qual estão sendo desenvolvidas novas histórias. Um casamento, um namoro ou uma situação de trabalho ou de companheirismo, tudo enfim que force um contato mais verdadeiro e intenso é matéria de ficção para o escritor, que se sente autorizado a fazer um uso narrativo do Outro. Assim, ao nos aproximarmos de um ficcionista estamos aceitando alimentar o seu mundo, entrando nele não com a imagem que temos de nós mesmos, mas com uma imagem nossa que ele construiu.
Os personagens obtidos dessa forma são, no entanto, invariavelmente menores do que as pessoas reais que lhes deram origem. Não remetem diretamente a quem existe ou existiu no plano histórico. Ao vampirizar alguém que lhe era próximo, o escritor está escolhendo uma imagem dele, aquela que é possível a partir de um dado mirante. O ser biográfico, na sua variedade de eus, de estados de alma e de faces, nunca será totalmente apreendido, fugindo a qualquer percepção literária, por mais fiel que ela seja. Ao passar do plano da existência para o plano da expressão artística há a fixação de uma identidade que, viva e contraditória, se movia dentro de uma multiplicidade de opções. O estabelecimento de um personagem criado à imagem e semelhança de um ser real petrifica uma das faces, na maioria das vezes exagerando-a, pois a representação literária de personalidades tende para a caricatura.
[…]
O que aparece nos domínios da literatura só tem valor como literatura, não servindo jamais como verdade sobre pessoas reais.
(Miguel Sanches Neto, negrito meu)
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Encerrando essas considerações, retomo certa lapidar sentença de Oscar Wilde sobre literatura: “Não existem livros morais ou imorais. Os livros são bem ou mal escritos”. Dalton Trevisan criou um estilo personalíssimo, que representa um referente histórico da vida miúda e periférica, e o faz com altíssima sensibilidade da alma humana e imprime aos seus textos – recriados e retomados insistentemente – a novidade de um sopro criador alicerçado em linguagem trabalhada para obter a síntese e expressividade sem paralelos na literatura de língua portuguesa.
Aos novos escritores, considerados os textos anteriores, eis algumas das lições de Dalton Trevisan: trabalhe e retrabalhe o texto, a escrita; mantenha atenção permanente às vida que pulsam à sua volta; busque sempre sua voz pessoal; concentre-se na obra, não na “vida literária”; mantenha como instâncias indissociáveis, no ato da escrita, a ética e a estética do texto literário e da literatura.
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Quer dialogar?
Escreva-me pelo e-mail < rauer.rodrigues@ufms.br >.
Rauer Ribeiro Rodrigues
Professor; escritor; em travessia
A ARTE DE ESCREVER:
Informação importante: O Prof. Rauer ministrou, no primeiro semestre de 2020 e em semestre anterior, há alguns anos, na pós-graduação de Letras / Estudos Literários do Câmpus de Três Lagoas da UFMS, um Curso de Escrita Criativa; a nosso pedido, alguns dos textos que serviram de diretriz para as aulas, aqui comentados pelo professor, vem sendo publicados no Blog da Editora Pangeia nos últimos meses e continuarão a ser publicados, sempre na última sexta-feira de cada mês. Além dos textos que então utilizou no curso, o professor vem incluindo outros, ampliando o escopo do curso para um público além dos estudantes universitários. Não perca! Vale a pena acompanhar. (Rizio Macedo, Editor, Editora Pangeia).
AULAS ANTERIORES DESTA SÉRIE
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Apresentação – Como publicar seu livro
Aula 1 – Oito lições de Isaac Babel
Aula 2 – Segredos da ficção, por Raimundo Carrero
Aula 3 – Palahniuk: evite verbos de pensamento e outras dicas
Aula 4 – Quinze escritoras e as minúcias da Arte de Escrever
Aula 5 – 29 aforismos sobre o microconto
Aula 6 – Para escrever para crianças e jovens
Aula 7 – Síntese e concisão na escrita do haikai
Aula 8 – 33 dicas de escrita de Hemingway
Aula 9 – Técnica e engenho na escrita para tevê e cinema
Aula 10 – A arte de escrever na visão de Franz Kafka
Aula 11 – Ferramentas e dicas de Stephen King
Aula 12 – A concisão do infinito, com antologia de microcontos
Aula 13 – As lições de Camus, autor de “A peste”
Aula 14 – Vamos reinventar o soneto?
Aula 15 – Defina sua “profissão de fé” no ato de escrever
Aula 16 – Ernest Hemingway: um mergulho na “Teoria do Iceberg”
A ARTE DE ESCREVER – links descritivos de todos os artigos da série.
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