Voltamos a um tema já tratado nesta série, o microconto, veja AQUI, para incorporar a voz de uma pesquisadora do tema, Maisa Cristina Santos,[i] com uma seleta de microcontos definida por mim e pelas pesquisadoras Amanda Lamônica, Camila G. Costa, Dayse Galvão Souza e Maria Izabel Alencar ─ todas elas, alunas agora em 2020 do curso Oficinas de Criação Literária que ofereço no Programa de Pós-Graduação em Letras Mestrado e Doutorado do Câmpus de Três Lagoas da UFMS. (Rauer).
- O infinito
AMOR
Dor[ii]
Há um vazio no parágrafo que antecede as palavras, mas outro ainda maior após o ponto final. O sinal gráfico põe fim ao que foi dito, o que vem depois simboliza o vasto espaço da inquietude que se projeta na imaginação do suposto porvir. Não se pode dizer que nada foi dito, pois se o Universo inteiro foi criado a partir de um Verbo, o infinito, nesse caso, encontra-se em dois substantivos.
A brevidade textual pressupõe muito mais um fim que se aproxima a qualquer momento, e é desejado, do que a existência de um começo e um meio, denotando um pensamento alinhado à contemporaneidade, em que nada é feito para durar. A concisão, entretanto, detém alto grau de complexidade ao dizer muito mais do que seus poucos termos parecem expressar. O microconto materializa um clímax e é o recorte de um momento de tensão. Lidar com esse êxtase pode ser desconfortável para alguns, pois, no microconto de Rauer, não se tem o antes, pressupõe-se o depois, vive-se um instante.
Sob uma perspectiva histórica, a arte dialoga com o tempo e o mundo. A literatura, uma de suas várias filhas, muito nos fala sobre eles por meio de seus textos, em especial acerca dos matizes que a compõe enquanto arte. O microconto é uma adaptação da literatura a uma sociedade digital, irrigada a todo instante com inimaginada pluralidade de informações. Em suas mutações, a literatura mostra, por meio do microconto, um corpo adaptado ao boom informacional, dotado de forma breve, intensa e inquietante.
Sua estrutura possui alta capacidade de difusão, não apenas pelo meio em que é comumente disseminado, a internet, mas pelo diálogo rápido e expressivo com o leitor, que se torna mais do que nunca agente atuante, uma vez que tem em mãos o momento de tensão e busca veementemente compreender a unidade de sentido de tão pequeno todo.
- Infinito, porém determinável
Se a alta capacidade de difusão do microconto para o público é uma de suas características, não se pode perder de vista que antes de um fenômeno apreciável por um vasto coletivo, é um subgênero da narrativa de ficção, e como tal deve ser analisado. A reverberação junto ao público é um efeito enquanto signo artístico, mas utilizando a tríade analítica de Antonio Candido, ainda nos cabe verificar a estrutura enquanto obra e seus autores.
Várias são as conceituações do que vem a ser o gênero literário conto. Alfredo Veiravé, por exemplo, citado por Mempo Giardelli, esclarece que o conto “é uma narração de curta duração que trata de um só assunto e que, com um número limitado de personagens, é capaz de criar uma situação condensada e completa (GIARDINELLI, 1994, p. 24). Fábio Lucas, por sua vez, diz que o conto “é uma espécie de esfera na qual procuramos incluir algumas percepções, alguns sentimentos. Deve completar-se breve, para ter forma concisa” (LUCAS, 1983, p. 107).
As definições sobre o conto são muito bem vindas, considerando-se o momento acadêmico de indeterminação de sua subespécie, o microconto, porém, ainda mais o é compreender a versatilidade do fenômeno artístico-literário diante de sociedades em rápidas e sucessivas transformações. É a partir daí que se torna possível traçar os elementos que diferenciam e o identificam com a sua origem. Para tanto, são preciosas as palavras de Arturo Molina Garcia:
Em nuestros días se puede observar como muchos relatos breves, considerados como cuentos, no encajan extactamente em las coordenadas trazadas. Se trata de cuentos com finales abruptos que producen uma sensación de fragilidad, como de algo inconcluso, pero, al mismo tiempo, llenos de las possibilidades segerentes de lo que, a propósito, se deja abierto. Más aun: em nuestraépoca observamos com certa frecuencia la falta de argumento, ingrediente imprescindible del cueno clásico. Se le há dado el nombre de cuento-situación (narración-situación frente a narración-argumento) […] demuestra uma vez más que el cuento, como cualquier outro género literario, no es algo monolítico y aprioristicamente determinado, que evoluciona, depiendendo del estilo y de la sensibilidade hacia, formas nuevas.[iii]
Em seus argumentos, Arturo Molina Garcia trata justamente dessa transformação do conto clássico em uma nova modalidade, na qual o leitor se depara com o final abrupto e cheio de possibilidades sugestivas. A evolução do conto clássico para o conto breve é uma demonstração de que os gêneros literários não são estáticos e, assim, renovam estilos da época e sensibilidades. É por esse motivo que, aqui, discutirmos o agora.
A quarta Revolução Industrial trouxe uma série de mudanças nas mais diversas frentes. Na Literatura, o relacionamento entre emissor e mensagem, por exemplo, encontrou uma plataforma dinâmica e versátil: a internet. Meio de comunicação rápido e difuso, a internet conciliou conectividade, acesso à informação e agilidade. Contudo, também produziu certo “excesso” jamais vivenciado.
Isso porque passamos a ser, diariamente, atingidos por descargas ilimitadas de informações, tornando a conexão quase que um sentimento imperativo. A partir daí, deu-se origem a uma nova gama de transtornos psiquiátricos, como o fear of missing out. Tal patologia muito se relaciona com a ideia de concisão, pois caracteriza-se pelo medo de perder algo, de não estar informado o suficiente, e influenciou os sites na busca pela celeridade, pelo atalho, direcionando seus formatos para a brevidade.
Falar o necessário em poucas palavras nunca foi tão importante. É o momento de ir direto ao ponto, de ser impactante, tenso e explícito. A Literatura, moldando-se ao seu tempo, altera a estrutura do conto, comprimindo-o ainda mais, dando origem a
mininarrativas, minicontos, microcontos, literatwitter, dentre outros (cf. MARTINS, 2001, p. 275). A literatura, com um novo gênero ou subgênero, adapta-se aos novos tempos e ao novo público, que busca o sumo das informações.
Se o conto, tendo como parâmetros, na sua origem, a brevidade e a concisão, devendo, nas palavras de Edgar Allan Poe no seu seminal “A Filosofia da Composição”, ser lido em uma só assentada, o microconto, na definição de Rauer, deve ser lido em “Uma só visada”:
MICROCONTO
Narrativa.
Cristal-Vivo.
Uma só visada.
Um único golpe.
Nocaute.[iv]
A estrutura enxuta do conto e do microconto busca o mesmo resultado prático:intensificar a unidade de sentido (POE, 1846, s/p). Todavia, sob uma perspectiva estrutural, o microconto detém um número consideravelmente menor de palavras e possui apenas um núcleo significativo (MARTINS, 2011, p. 281).[v]
Analisemos melhor esse fenômeno narratológico sob a ótica do “A Filosofia da Composição”. Segundo Edgar Alan Poe, a composição de um texto breve deve constituir-se da escolha de um assunto, de um efeito de sentido e de um tom. Dada composição resultaria em uma breve narrativa de ficção capaz de gerar a desejada unidade de impressão.
Conto ou microconto contém sempre um tema, ou seja, falam de algo ou sobre algo, independentemente de sua concisão. O efeito ou impressão, todavia, são construídos de forma diversa. Aqui devemos evocar não apenas de Edgar Alan Poe, mas também o contista Anton Tchékhov. Se a proposta de Poe se caracteriza pela construção narratológica temporal-linear, preocupada com a sinalização da alternância entre momentos fracos (sumários) e fortes (cenas), Tchékhov propõe a desconstrução da narrativa, distribuindo o momento de tensão ao longo do tecido textual (PASSOS, p. 103, 2001).
Ambos, expoentes e inventores do conto moderno, definem uma narrativa que constroem um efeito, cada um à sua maneira, pelo enredo ou pela atmosfera. Esse conto não é conciso à maneira do microconto, que incorpora outros pressupostos práticos e outro referencial teórico. A estrutura narrativa linear de Poe evidencia esse efeito por meio de um momento de tensão. Já Tchékhov descontrói a estrutura narrativa clássica, com estruturas textuais psicológicas e densas, cujo clímax se dilui ao longo do conto.
O instante de tensão da estrutura narrativa de Poe ou a intensidade psicológica de Tchékhov estão ─ se assim podemos nos expressar ─ em cada palavra do microconto, isto é, constituem a representação de um clímax: “O microconto é o nó da rede: cada nó nunca é mais que a fração mínima de um possível narrativo: o microconto é o fóton que contém o universo” (RODRIGUES, 2019, s/p).
Sendo ele o fóton e a unidade de sentido, ao abordamos o tom no conto clássico ele se dá através da concatenação de incidentes. Já no microconto, materializa-se em tópica minimalista. Dada característica exige um leitor coautor, que tudo e nada sabe, mas busca em meio ao caos compreender o motivo ou a origem do impacto. Muitas pistas, no caso, vêm por intertextos, menções culturais, evocações, rastros mínimos cujos significados são magnificados pela semântica do microconto.
Eis alguns autores brasileiros reconhecidos no momento pela produção de microcontos: Daniel Galera, Ivana Arruda Leite, Manoel de Barros, Marçal Aquino, Marcelino Freire, Rauer, Samir Mesquita, entre tantos outros. Na coletânea a seguir, temos diversos outros nomes.
- A consagração de um instante
O tempo caminha lado a lado com a eternidade e tem como resultado prático a conservação daquilo que existe. Talvez seja esse o motivo de resguardarmos em todas as suas nuances o que possuímos: tememos o fim, e, antes disso, a mudança que o precede. Não detemos a Literatura, pois é ela que nos detém, mas desejamos possui-la, o que resulta na elaboração de manuais recheados de fórmulas fixas para que não se altere e, assim, corra o risco de se perder.
A criação, nos manuais, de tipos e gêneros, que chega ao ponto de se cristalizar em estereótipos, é o resultado prático de um movimento de resistência que enxerga nas mudanças da modernidade a construção de uma literatura-de-apelo. Sua principal característica seria a ausência de mediação literária tradicional, o “que nos lançaria diretamente no mundo das imagens suscitadoras de efeitos imediatos. Brutalmente, fulminantemente” (BOSI, 2002, p. 250).
De acordo com Alfredo Bosi, essa nova forma literária seria direcionada às massas, e a brevidade de sua forma teria como efeito prático uma natureza não emancipatória aos olhos de sociólogos como Adorno e Croce. Todavia, ainda nas palavras de Bosi, resistir é preciso. Não às mudanças que os atuais meios de comunicação propiciam, mas sim às críticas aos novos modelos literários, “pois nem tudo que é dito novamente é simplesmente dito ‘de novo’; novamente pode ser também advérbio de modo; dizer novamente: dizer de maneira nova” (BOSI, 2002, p. 255).
A vista disso, o microconto é um conto que está sendo “dito novamente”, e o faz na corrente dos atuais meios de comunicação, o que exige um “dizer de maneira nova” para, expressando o novo e um modo novo, se fazer compreender nesse tempo novo. Em sociedade que se atomiza em todas as instâncias, onde nada deve perdurar mais que um instante, o microconto consagra-se como um pequeno suspiro de existência.
- Pequena antologia de microcontos
Em elipse
Oração de sujeito oculto que insiste em se dizer sem palavras ─ eis o microconto.
Alciene Ribeiro[vi]
No cemitério
Em pé no túmulo dele pensava: Ele passou a vida pisando em mim.
Ana Mello
Paixão acidental
Depois, foi juntar os cacos e colher o que ficara à margem.
O desenho do coração, em frequência mínima, não pôde ser
reparado e continuou tosco.
Branca Maria de Paula
Antiviolência
Sentiu-se mal vendo o namorado gritar com o irmão. O maninho foi para casa, o amado pro hospital e ela consertar a mão.
Carla de Souza Mendes
Minissaia
Quando a loira da minissaia cruzou as pernas, o taxista não pôde evitar a olhada no retrovisor nem a batida no cruzamento.
Carlos Seabra
Precavido
Depois de assaltar o banco, foi para casa descansar. Mais tarde, saiu para a balada, mas não antes de tirar o relógio. As ruas são perigosas.
Edson Rossatto
Nóia
Veja seu dotô, tudo desapareceu. Primeiro a televisão e o DVD, depois o sofá, as cadeiras, a mesa, as camas, as portas e os portais. Quando achei que não havia mais nada para ser levado, o desgraçado fumou o cachorrinho.
Elias Borges
Pegou na tesoura
Pegou a tesoura de bordados e foi cortando pacientemente os alinhavos de sua vida até lhe desaparecerem as dores nas costas. E sorriu feliz.
Eugénia Tabosa
Horóscopo da vida
Pai com câncer
Mãe com câncer
Irmã com câncer
Alma de escorpião
Infeto
Cantor
Canta sempre a mesma música. Mas, em cada performance, desafina em trechos diferentes.
J. Novelino
Obesidade Moral
Magérrimo, era tão cheio de si que não sobrava espaço para a alma.
J.R. Lima
Quadrilha moderna
João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que era bi e ficou com todos os anteriores.
João foi trabalhar na China, Teresa virou webdesigner, Raimundo morreu de febre aftosa, Maria pegou Joaquim na balada e Lili transou com J. Pinto Fernandes que filmou tudo e pôs no YouTube.
Marina Bonafé
Chico
Se atrasa, preocupa. Quando chega, incomoda.
─ Menstruação?
─ Meu marido.
Nelson de Oliveira
O canguru branco
Como todos aqui têm suas raridades eu, para não me sentir diferente, peguei minha fortuna e comprei uma raridade. Fui comprá-la longe, na Austrália. E agora sou igual a todos, também tenho a minha raridade. Comprei um canguru branco. Não serve para nada, não faz nada, mas é uma raridade. É um canguru branco. E muitos me invejam e admiram.
Oswaldo França Jr.
Lapidação
o microconto está
no cerne do fractal,
no âmago da seiva,
no imo intestino
Rauer
microconto4
eternamente, duas notas musicais invadem dois ouvidos.
o da esquerda recebe um dó sustentado,
longínquo, vindo do turbo do avião.
o da direita aceita o si contínuo,
que zumbe pelo aspirador de pó.
roçam-se. friccionam-se. penetram-se, orgiasticamente.
e, num êxtase, emudecem.
e os ouvidos gozam, conjuntamente.
renata sieiro fernandes
Piromaníaca
Acendia fogueiras, despretensiosa, apenas para vê-las arderem, estalarem e consumirem-se.
Quando sentiu frio, desamparada, já não tinha mais ninguém para servir de lenha.
Rodrigo Domit
A educação pela seda
Vestidos muito justos são vulgares. Revelar formas é vulgar. Toda revelação é de uma vulgaridade abominável.
Os conceitos a vestiram como uma segunda pele, e pode-se adivinhar a norma que lhe rege a vida ao primeiro olhar.
Rosa Amanda Strausz
Deletado
Um anjo travesso, da linhagem daquele que foi expulso, entrou no sistema divino, acessou a pasta DEUS e apagou o programa nomeado UNIVERSO. Viu tudo sumir, incluindo ele.
Wilson Gorj
Candelabro
Iluminou segredos, juras de amor, assistiu a brigas, viu reconciliações. Agora, naquele monturo, o velho candelabro jazia com os escombros da casa.
Zezé Pina
- Referências bibliográficas
BOSI, Alfredo. Literatura e resistência. São Paulo: Companhia das letras, 2002.
GIARDINELLI, Mempo. Asi se escribe um cuento: história, preceptiva, y las ideas de veinte grandes cuentistas. Buenos Aires: Capital Intelectual, 2012.
GOTLIB, Nádia Battella. Teoria do conto. São Paulo: Ática, 2006.
LUCAS, Fábio. O conto moderno no Brasil. In: LUCAS, Fábio; PROENÇA FILHO, D. (Orgs.). O livro do seminário. São Paulo: L. R. Editores, 1983.
MARTINS, Waleska Rodrigues de Matos Oliveira. Intensidade, brevidade, coalescênica: das vertentes do conto, o microconto. Carandá – Revista do Curso de Letras do Campus Pantanal – UFMS, Corumbá, MS, n. 4, novembro de 2011.
PASSOS, Cleusa Rios P. Breves considerações sobre o conto moderno. In: BOSI, Viviana; CAMPOS, Cláudia et al (Orgs). Ficções: leitores e leituras. São Paulo: Ateliê, 2001.
POE, Edgar Alan. A filosofia da composição. Disponível em: < https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2544953/mod_resource/content/1/Poe.pdf >, acesso em 23 de março de 2020.
RAUER. Amor. A Arte de Escrever 5 – 29 aforismos sobre o microconto. Editora Pangeia – Blog, disponível em < https://editorapangeia.com.br/a-arte-de-escrever-5-29-aforismos-sobre-o-microconto/ >, acesso em 20 de abril de 2020. [Veja nota 2, abaixo].
RODRIGUES, Rauer Ribeiro. A arte de escrever 5 – 29 aforismos sobre o microconto. 2019. Disponível em: < https://editorapangeia.com.br/a-arte-de-escrever-5-29-aforismos-sobre-o-microconto/ >, acesso em 22 de março de 2020. [Veja nota 2, abaixo]
[i] Doutoranda pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS; professora da Escola Técnica de Ilha Solteira – SP (Etec); maisacrisadv@gmail.com.
[ii] RAUER. Amor. O Microconto – Dossiê. Carandá – Revista do Curso de Letras do Campus Pantanal, UFMS, n. 4, Corumbá, MS, novembro de 2011; A Arte de Escrever 5 – 29 aforismos sobre o microconto. Editora Pangeia – Blog, Disponível em < https://editorapangeia.com.br/a-arte-de-escrever-5-29-aforismos-sobre-o-microconto/ >, acesso em 20 de abril de 2020. Texto exposto em evento e publicado em 2011, conforme consta em < http://www.filologia.org.br/xx_cnlf/cnlf/cnlf_03/002.pdf >, acesso em 20 de abril de 2020.
[iii] Citado por Mempo Giardinelli. conforme Texto teórico: estrutura y morfologia del cuento, disponível em < http://lahojadepapel-textos.blogspot.com/2007/08/estructura-y-morfologa-del-cuento-mempo.html >, acesso em 20 de abril de 2020.
[iv] RAUER. Microconto. In: RIBEIRO, Alciene; RAUER. Minimus & Brevíssimos. Uberlândia, MG: Editora Pangeia, 2020. [No prelo].
[v] De modo similar, nos aforismos, Rauer já anotara que o microconto é como “o nó da rede”, “fração mínima de um possível narrativo” e “um fóton que contém o universo”. À frente, retomamos esse aforismo e o citamos na íntegra.
[vi] RIBEIRO, Alciene. Em elipse. In: RIBEIRO, Alciene; RAUER. Minimus & Brevíssimos. Uberlândia, MG: Editora Pangeia, 2020. [No prelo].
Rauer Ribeiro Rodrigues
Professor; escritor; em travessia
A ARTE DE ESCREVER:
Informação importante: O Prof. Rauer ministra neste semestre, e ministrou, há alguns anos, na pós-graduação de Letras / Estudos Literários do Câmpus de Três Lagoas da UFMS, um Curso de Escrita Criativa; a nosso pedido, alguns dos textos que serviram de diretriz para as aulas, aqui comentados pelo professor, serão publicados no Blog da Editora Pangeia ao longo das próximas semanas e meses. Além dos textos que então utilizou no curso, o professor incluiu outros, ampliando o escopo do curso para um público além dos estudantes universitários. Não perca! Vale a pena acompanhar. (Rízio Macedo Rodrigues, Editor, Editora Pangeia).
AULAS ANTERIORES DESTA SÉRIE:
Apresentação – Como publicar seu livro
Aula 1 – Oito lições de Isaac Babel
Aula 2 – Segredos da ficção, por Raimundo Carrero
Aula 3 – Palahniuk: evite verbos de pensamento e outras dicas
Aula 4 – Quinze escritoras e as minúcias da Arte de Escrever
Aula 5 – 29 aforismos sobre o microconto
Aula 6 – Para escrever para crianças e jovens
Aula 7 – Síntese e concisão na escrita do haikai
Aula 8 – 33 dicas de escrita de Hemingway
Aula 9 – Técnica e engenho na escrita para tevê e cinema
Aula 10 – A arte de escrever na visão de Franz Kafka
Aula 11 – Ferramentas e dicas de Stephen King
A ARTE DE ESCREVER – links descritivos de todos os artigos da série.
https://editorapangeia.com.br/blog/
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