Stephen King, consagrado escritor de bestsellers, em seu livro de memórias On Writing, trata da arte de escrever. Ele afirma que há “muitos escritores ruins” e propõe uma série de dicas práticas de vida e de escrita para aqueles que querem se tornar um verdadeiro escritor.
Suas lições de vida e de escrita vão além desse objetivo, sendo útil de modo geral para professores, para estudantes, para amantes da literatura em geral, inclusive aquelas “Altas literaturas” definidas nas universidades.
O livro é precedido por três prefácios. Vamos a um trecho do primeiro deles
Do Prefácio:
“[…] alguém que vendeu tantos livros de ficção, como eu, deve ter algo de interessante a dizer sobre a escrita, mas a resposta fácil nem sempre é a verdadeira. […]. Se eu pretendia ser presunçoso a ponto de dizer às pessoas como escrever, era melhor encontrar um motivo além da minha popularidade. Dito de outra forma, eu não queria escrever um livro, nem mesmo um tão curto quanto este, que me deixasse com a sensação de charlatanismo literário ou babaquice transcendental. Desse tipo de livro ─ e de escritor ─ o mercado já está cheio, obrigado.
[…] ninguém jamais pergunta sobre a linguagem. Este tipo de pergunta é feito a um DeLillo, um Updike, um Styron, mas não a romancistas populares. Ainda assim, muitos de nós, proletários, humildemente nos preocupamos com a linguagem, e temos extremo cuidado e paixão pela arte e pelo ofício de contar histórias no papel. O que se segue é uma tentativa de escrever, de maneira breve e simples, como me iniciei no ofício, o que sei sobre isso e como se faz. Trata-se do trabalho diário; trata-se da linguagem.”
São 22 dicas, que dispensam maiores comentários – vamos a elas:
1. Pare de assistir à televisão. Ao invés, leia tanto quanto puder.
Se você for um escritor iniciante, sua televisão deve ser uma das primeiras coisas a serem eliminadas. É “venenosa à criatividade”, diz Stephen. Os escritores precisam olhar para dentro de si mesmos e direcionar a atenção à vida da imaginação.
E para tanto devem ler o máximo possível. King leva consigo um livro a todo lugar que vai e lê até mesmo durante as refeições.
“Se você quiser ser um escritor, deve fazer duas coisas acima de todas: ler muito e escrever muito”. Leia muito e trabalhe constantemente para refinar e redefinir seu trabalho enquanto lê.
2. Prepare-se para mais falhas e críticas do que pode lidar.
King compara escrever ficção a atravessar o Atlântico em uma banheira, pois em ambos “há inúmeras oportunidades para duvidar de si mesmo”. Não apenas vai duvidar de si mesmo como também haverá outros duvidando de você.
“Se você escrever (ou pintar, dançar, esculpir ou cantar, acredito) alguém irá tentar te fazer se sentir mal por isso”, King escreve.
Constantemente você tem que continuar escrevendo mesmo quando não está com vontade de fazê-lo. “Parar um trabalho apenas porque é difícil, seja emocionalmente ou por bloqueio de criatividade, é uma má ideia”, ele escreve. E quando falhar King sugere que continue otimista. “Otimismo é uma resposta perfeitamente adequada à falha”.
3. Não perca seu tempo tentando agradar as pessoas.
De acordo com King, a grosseria deve ser a menor de suas preocupações. “Se você pretende escrever da forma mais verdadeira possível, seus dias como membro da sociedade bem-educada estão contados”.
King costumava se envergonhar do que escrevia, especialmente após receber cartas que o acusavam de ser preconceituoso, homofóbico, sanguinário e até mesmo psicopata.
Por volta de seus 40 anos, percebeu que todo bom escritor já fora acusado de não possuir talento algum. King então resolveu esse dilema definitivamente.
Ele escreve: “Se você não aprova o que escrevo, posso apenas dar de ombros. É só o que tenho”. Como não poderá agradar a todos os leitores o tempo todo, King aconselha que pare de se importar.
4. Escreva principalmente para você mesmo.
Você deve escrever porque isso traz felicidade e satisfação. “Eu escrevo pelo puro prazer do ato, e se você puder escrever por prazer, você pode escrever para sempre”.
O escritor Kurt Vonnegut fornece um insight parecido: “Encontre um assunto com o qual se importa e que sinta que outros também vão se importar. Será este genuíno cuidado ─ não seu jogo de palavras ─ o mais sedutor e cativante elemento em sua escrita”.
5. Enfrente o que for mais difícil escrever.
“As coisas mais importantes são as mais difíceis de dizer”, King escreve. “São aquilo de que você sente vergonha porque palavras degradam seus sentimentos”. A maioria das grandes obras são precedidas de horas de reflexão.
Segundo King, “A escrita é o pensamento aprimorado”.
Ao abordar assuntos difíceis, certifique-se de ir a fundo. King diz: “Estórias são objetos encontrados, como fósseis no solo… Estórias são relíquias, partes de um desconhecido mundo pré-existente”.
Escritores deveriam ser como arqueologistas que escavam por tanta história quanto podem encontrar.
6. Ao escrever desconecte-se do resto do mundo.
A escrita deve ser uma atividade completamente íntima. Coloque sua mesa no canto de uma sala e elimine toda possibilidade de distração, desde telefones até janelas abertas.
Stephen aconselha: “Escreva com a porta fechada; reescreva com a porta aberta”.
Você deve manter total privacidade entre você e seu trabalho. O primeiro rascunho é “completamente cru, o tipo de coisa que me sinto livre para fazer com a porta fechada ─ é a história nua, vestida apenas de meias e roupas íntimas”.
7. Não seja pretensioso.
“Uma das coisas realmente ruins que você pode fazer ao seu trabalho é rebuscar o vocabulário, à procura de palavras longas por estar ligeiramente envergonhado de usar as curtas”, diz o escritor.
King compara este erro ao de vestir um animal de estimação em trajes de gala ─ ambos, o animal e o dono, estarão constrangidos pelo excesso.
Um icônico empresário, David Ogilvy, escreve em um memorando para seus funcionários: “Nunca use expressões como reconceptualizar, desmassificação, atitudinalidade, criticalidade. Estes são símbolos de um idiota pretensioso”.
Além disso, não use símbolos a menos que seja necessário. “Simbolismo existe para adornar e enriquecer, não para criar um senso artificial de profundidade”, escreve King.
8. Evite advérbios e parágrafos longos.
Conforme King enfatiza várias vezes, “os advérbios não são seus amigos”.
Ele acredita que “a estrada para o inferno é pavimentada com advérbios” e os compara a dentes-de-leão que estragam seu gramado. E são ainda piores após frases com “Ele disse” e “Ela disse” ─ frases estas que funcionam melhor sem complemento nenhum.
Você também deve prestar atenção em seus parágrafos, para que eles fluam com as reviravoltas e o ritmo de sua estória.
“Parágrafos são quase sempre igualmente importantes por sua estética e pelo que dizem”.
9. Não exagere na preocupação com a gramática.
De acordo com King escrever é principalmente sobre sedução, não precisão.
“A linguagem não deve sempre usar gravata e sapatos finos. A ficção não se trata de exatidão gramatical, mas sim de fazer com que o leitor esteja receptível e confortável à estória para que então você possa contá-la”.
Diz King, em On Writing:
“[…] A gramática também tem que ficar na bandeja de cima da caixa de ferramentas, e não me chateie com suspiros exasperados ou argumentos de que você não entende gramática, nunca entendeu gramática, que levou bomba nessa matéria no último ano, que escrever é divertido, mas a gramática é um saco.
Relaxe. Fique tranquilo. Não vamos perder muito tempo aqui, porque não é preciso. Ou você absorve os princípios gramaticais de sua língua nativa por meio de conversação e leitura, ou não absorve. O que as aulas no colégio fazem (ou tentam fazer) é pouco mais do que dar nome aos bois.”
Você deve concentrar-se em fazer o leitor se esquecer de que está de fato lendo uma estória.
10. Domine a arte da descrição.
“A descrição começa na imaginação do escritor, mas deve acabar na mente do leitor”, escreve King.
Tão importante quanto escrever o suficiente é limitar o quanto você escreve. Visualize a experiência que quer que o leitor tenha e então transcreva o que vê em sua mente para palavras.
“Você precisa descrever de uma forma que vá trazer ao leitor uma sensação de reconhecimento”, ele diz.
A chave para uma boa descrição é a clareza, tanto em observação quanto em escrita. Utilize imagens claras e vocabulário simples para evitar que o leitor se sinta exaurido.
“Em muitos casos, quando o leitor abandona alguma estória porque está chata, tal sensação se dá porque o autor inflou seus poderes de descrição e perdeu de vista sua verdadeira prioridade, que é manter o andamento da estória”.
11. Não dê informação de contexto demais.
“O que você precisa lembrar é que existe uma diferença entre falar sobre o que você sabe e usar isso para enriquecer história”, escreve King. “Isso é bom. Aquilo, não”.
Inclua apenas detalhes que levem a história para frente e que motivem o público a continuar lendo.
Se for utilizar de alguma pesquisa, tome cuidado para não ofuscar a história. Pesquisas devem ficar “ao máximo no pano de fundo e no contexto”, diz King. Você pode estar intrigado com o que está aprendendo, mas seus leitores vão se importar mais com os personagens e suas histórias.
12. Conte histórias sobre o que as pessoas realmente fazem.
“Uma escrita ruim é muito mais que péssima sintaxe ou má observação; uma escrita ruim geralmente surge de uma forte recusa de contar histórias sobre o que as pessoas realmente fazem ─ encarar o fato, digamos, de que assassinos, às vezes, ajudam senhoras idosas a atravessar a rua”, escreve King.
As pessoas em suas histórias são aquilo com o que os leitores mais se importam; então, certifique-se de que você tenha conhecimento de todas as dimensões que seus personagens podem ter.
13. Corra riscos; não fique só no que é seguro.
Primeira e mais importante dica: pare de usar a voz passiva. É o maior indicador de medo.
“Eu estou convencido de que o medo é o maior responsável por uma escrita ruim”, diz King.
Escritores devem endireitar os ombros, levantar a cabeça e deixar a escrita comandar.
“Experimente tudo o que quiser, não importa o quão entediante ou chocante isso possa ser. Se funcionar, ótimo. Se não, esqueça”, afirma King.
14. Perceba que você não precisa de drogas para ser um bom escritor.
“A ideia de que o esforço criativo e de que as substâncias que alteram a mente estão ligados é um grande mito pop-intelectual do nosso tempo”, diz King.
Aos seus olhos, os escritores que abusam de substâncias são apenas viciados.
“Qualquer discurso de que drogas e álcool são necessários para encontrar uma maior sensibilidade é só besteira”.
15. Não tente roubar a voz de alguém.
Stephen King diz: “Você não pode ver um livro como um míssil a ser lançado”. Quando você copia o estilo de outro autor por qualquer razão além de prática, você produz nada além de “pobres imitações”.
Isso acontece porque você não pode recriar a forma como experimenta uma verdade, especialmente com uma olhada rápida a vocabulário e trama.
16. Entenda que a escrita é uma forma de telepatia.
“Todas as artes dependem de algum grau de telepatia, mas eu acredito que escrever é sua pura essência”, conta King.
Um importante elemento da escrita é a transferência. Seu trabalho não são as palavras na página, mas sim a transferência de ideias da sua cabeça para a cabeça dos leitores.
“As palavras são só o meio pelo qual a transferência acontece”, afirma King.
Em seu conselho sobre escrita, Kurt Vonnegut também recomenda que os escritores “usem o tempo de um total estranho de uma forma que ele ou ela não se sinta perdendo tempo nenhum”.
17. Leve sua escrita a sério.
“Você pode abordar o ato de escrever com nervosismo, excitação, esperança ou desespero”, diz King. “Faça isso de qualquer forma, menos sem seriedade”.
Se não quer levar sua escrita a sério, ele sugere que você feche seu livro e faça outra coisa.
Como diz a escritora Susan Sotang, “a história deve atingir um nervo ─ em mim. Meu coração tem que acelerar quando eu ouvir a primeira linha na minha cabeça. Eu tenho que tremer diante do risco”.
18. Escreva todo dia.
“Uma vez que eu começo a trabalhar em um projeto, eu não paro e não diminuo o ritmo, a menos que eu precise”, diz King. “Se eu não escrevo todo dia, os personagens começam a fugir da minha mente… Eu começo a me perder, a perder o enredo e o ritmo.”
Se você falha em escrever de forma consistente, a animação com a ideia começa a desaparecer. Quando o trabalho começa a parecer com uma obrigação “é o beijo da morte” ─ King descreve.
Seu melhor conselho é que trabalhe com “uma palavra por vez”.
19. Termine seu primeiro rascunho em três meses.
King gosta de escrever dez páginas por dia. No período de três meses, isso soma cerca de 180.000 palavras.
“O primeiro rascunho de um livro ─ mesmo o de um longo ─ não deve levar mais que três meses, o tempo de uma estação”, ele diz.
Se você precisa gastar muito tempo em seu trabalho, King acredita que a história começa a tomar um ar estranho.
20. Quando terminar de escrever, afaste-se por um tempo.
King aconselha seis semanas de “recuperação” depois que você terminar de escrever, assim você pode clarear sua mente para amarrar as pontas soltas do enredo ou melhorar o desenvolvimento de personagens.
Ele pontua que a percepção inicial de um escritor sobre um personagem pode ser tão errada quanto à de um leitor.
King compara o processo de escrita e revisão com a natureza: “Quando você escreve um livro, você passa dia após dia detectando e identificando as árvores”, ele escreve. “Quando você acaba, você tem que voltar atrás e olhar a floresta”.
Ao encontrar os erros, ele diz que “você está proibido de se sentir deprimido por causa deles ou de se condenar. Erros acontecem com os melhores de nós”.
21. Tenha coragem de fazer cortes.
Ao revisar, autores geralmente têm dificuldade de descartar palavras que passaram muito tempo escrevendo.
Mas, como King aconselha, “Desapegue, desapegue: mesmo que parta seu egocêntrico e pobre coração ─ escritor, desapegue”.
Embora revisão seja uma das partes mais difíceis de escrever, você precisa deixar de fora todas as partes chatas para que a história possa fluir.
Em seu conselho sobre escrita, Vonnegut diz que “se uma sentença, não importa quão excelente, não esclarece seu assunto de alguma forma útil e nova, jogue fora”.
22. Continue casado, seja saudável e viva uma boa vida.
King atribui seu sucesso a duas coisas: sua saúde física e seu casamento. “A combinação de um corpo saudável e de uma relação estável com uma mulher independente que não tira desaforo de mim ou de qualquer um fez a continuidade da minha vida profissional possível”, ele escreve.
King escreve em On Writing: “Minha mulher fez toda a diferença nesses dois anos que passei dando aulas em Hampden (e lavando lençóis na lavanderia New Franklin durante as férias de verão). Se, na época, ela tivesse insinuado que o tempo que eu gastava escrevendo histórias na varanda de nossa casa na rua Pond ou na lavanderia de nossa casa alugada na rua Klatt, em Hermon, era um desperdício, acho que grande parte do meu entusiasmo teria ido por água abaixo. Tabby, no entanto, jamais demonstrou qualquer dúvida. O apoio dela era constante, uma das poucas coisas com que eu podia contar. E sempre que vejo um primeiro romance dedicado à mulher (ou ao marido), sorrio e penso: “Aí está alguém que sabe”. Escrever é um trabalho solitário. Ter alguém que acredita em você faz muita diferença. Eles não precisam fazer discursos motivacionais. Basta acreditar.”
É importante ter um forte equilíbrio em sua vida para que a escrita não consuma tudo. Nos 11 mandamentos do pintor e escritor Henry Miller, ele aconselha: “Mantenha-se humano! Veja pessoas, vá a lugares, beba se quiser.”
Para concluir:
On Wrinting traz exemplos práticos, com relatos sobre diversos aspectos que envolvem a escrita e questões como lista de livros fundamentais para um escritor, busca de agentes literários e relação com editoras, questões entremeadas ─ e de certo modo exemplificadas ─ pela emoção de acontecimentos biográficos.
Para fecho dessa exposição das ferramentas de escrita literária de Stephen King, trecho do encerramento do livro:
“A escrita não é para fazer dinheiro, ficar famoso, transar ou fazer amigos. No fim das contas, a escrita é para enriquecer a vida daqueles que leem seu trabalho, e também para enriquecer sua vida. A escrita serve para despertar, melhorar e superar. Para ficar feliz, ok? Ficar feliz. Parte deste livro ─ talvez grande demais ─ trata de como aprendi a escrever. Outra parte considerável trata de como escrever melhor. O restante ─ talvez a melhor parte ─ é uma carta de autorização: você pode, você deve e, se tomar coragem para começar, você vai. Escrever é mágico, é a água da vida, como qualquer outra arte criativa. A água é de graça. Então beba.
Beba até ficar saciado.”
REFERÊNCIAS:
Original das 22 lições, em inglês, disponível em: <https://www.businessinsider.com/stephen-king-on-how-to-write-2014-7 >, acesso em 28 de março de 2020.
Leia On Writing em Português:
KING, Stephen. Sobre a escrita. Tradução Michel Teixeira. Rio de Janeiro: Objetiva, 2015.
Rauer Ribeiro Rodrigues
Professor; escritor; em travessia
A ARTE DE ESCREVER:
Informação importante: O Prof. Rauer ministrou, há alguns anos, na pós-graduação de Letras / Estudos Literários do Câmpus de Três Lagoas da UFMS, um Curso de Escrita Criativa; a nosso pedido, alguns dos textos que serviram de diretriz para as aulas, aqui comentados pelo professor, serão publicados no Blog da Editora Pangeia ao longo das próximas semanas e meses. Além dos textos que então utilizou no curso, o professor incluiu outros, ampliando o escopo do curso para um público além dos estudantes universitários. Não perca! Vale a pena acompanhar. (Rízio Macedo Rodrigues, Editor, Editora Pangeia).
AULAS ANTERIORES DESTA SÉRIE:
Apresentação – Como publicar seu livro
Aula 1 – Oito lições de Isaac Babel
Aula 2 – Segredos da ficção, por Raimundo Carrero
Aula 3 – Palahniuk: evite verbos de pensamento e outras dicas
Aula 4 – Quinze escritoras e as minúcias da Arte de Escrever
Aula 5 – 29 aforismos sobre o microconto
Aula 6 – Para escrever para crianças e jovens
Aula 7 – Síntese e concisão na escrita do haikai
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Aula 9 – Técnica e engenho na escrita para tevê e cinema
Aula 10 – A arte de escrever na visão de Franz Kafka
Aula 11 – Ferramentas e dicas de Stephen King
A ARTE DE ESCREVER – links descritivos de todos os artigos da série.
https://editorapangeia.com.br/blog/
EDITORA PANGEIA:
Sonia Fatima Leal
abril 20, 2020 - 5:02 pm ·Parabéns! Gostei muito de compreender como se escreve, mais ainda, que posso começar escrever, sem medo. kkk