Nima Spigolon: licenciatura, estágio e formação docente

Edição revisada, atualizada e ampliada do livro Dos cursos de licenciatura às narrativas de estágio, volume que a Professora Nima Spigolon, da Faculdade de Educação da UNICAMP, organizou originalmente em 2017, esta obra é o primeiro volume da Coleção Formação Docente.

A versão em formato ePub permanecerá com acesso gratuito por três meses, até o dia 5 de maio de 2022.

Sobre o livro, as professoras Alexandrina Monteiro e Gabriela Tebet, coordenadoras da Licenciatura Integrada em Química e em Física da Faculdade de Educação da UNICAMP em 2017, comentaram:

“Em um tempo de tantos ataques à educação e à docência, em que tantos direitos são o tempo todo colocados em risco e que o ser humano frequente se questiona sobre o mundo em que vive, ser professor é lutar por novos rumos.
A docência, em todas as etapas da educação, hoje, é um ato de resistência daqueles que acreditam que ainda há esperança. Um ato de coragem que nos impulsiona para a luta por uma educação emancipadora e digna com condições de trabalho para seus profissionais e qualidade para todos os que buscam aprender mais e mais. A docência nos dias de hoje é, sem dúvida, uma experiência que nos atravessa e nos transforma.

Nesse contexto, esse livro é uma preciosidade! 

Ele reúne narrativas de um conjunto de estudantes de cursos de licenciaturas sobre suas primeiras aproximações com a atividade docente, no âmbito das atividades de estágio supervisionado. Traz um conjunto de impressões, experiências, reflexões… Relatos de um processo de educação coletiva em que a parceria com as equipes das escolas que os recebiam e as trocas com os colegas e a professora durante as aulas, permitiram um processo amplo de educação mútua onde todos sempre tinham muito a aprender uns com os outros.
E nesse momento, nós – leitores – somos convidados a compor essa teia de aprendizagens coletivas e de reflexões sobre a formação docente em cursos de licenciaturas e em contextos de estágio.”

Lições de Elza e Paulo Freire

O livro e as experiências de estágio relatadas estão imbuídos das lições de Elza Freire, que nos chegaram sob a forma de anotações pessoais da educadora e em pequenas informações que Paulo Freire deixou em suas obras. Uma das estudantes sintetizou, em “Conclusões inconclusas”: “Lutemos por uma pedagogia humanizado que transforme os postos sociais da sala de aula a fim de um dia, quem sabe, transformar também os postos sociais fora dela” (Thaís Parreira do Amaral, p. 72).

Sobre o mesmo aspecto, as professoras Debora Mazza e Dirce Zan já anotavam, na apresentação da obra:

“Existe uma potência no aprendiz que pode ser acionada pela potência do professor que se movimenta em torno do ensinar a conhecer o real. / No diálogo entre potenciais, não existe hierarquia de inteligência, pois

o saber acontece no encontro de humanidades que se atritam.”

A organizadora do livro, professora Nima Spigolon – no último capítulo, significativamente nomeado por (In)conclusões: seguimos proseando…, a partir do mote de Elza Freira de que “a pessoa humana é algo concreto e não uma abstração” – elabora uma sequência de perguntas-problema sobre os temas da obra, das quais ressaltamos uma: o que “me proponho a fazer com o outro?”(p. 192). Como se vê, esse é um livro que deve ser lido por professores, por estudantes de licenciatura, por profissionais das escolas e das universidades, por todos que queiram estudar e refletir sobre nosso ensino, do pré ou jardim de infância à pós-graduação.

As narrativas de estágio ocupam dezessete capítulos do livro, que é completado com duas apresentações, um capítulo conclusivo e um capítulo que reúne fotos de diversos momentos relatados no livro.

Confira o sumário e mais informações sobre o livro, clicando AQUI.

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