Como matar abelhas – agronegócio e comunidades do Tabuleiro do Norte – Mário Martins Viana Júnior, Alfredo Ricardo Silva Lopes – PDF

O objetivo deste trabalho é produzir uma avaliação sobre a atividade apícola existente nas comunidades rurais no município de Tabuleiro do Norte, Estado do Ceará, Brasil, no território da Chapada do Apodi. Esta análise ocorre em virtude dos impactos socioambientais relatados pelos apicultores e moradores.

Os dados obtidos para esta etapa do trabalho foram selecionados e tratados a partir do instrumental de pesquisa constru.do pela C.ritas Diocesana de Limoeiro do Norte (CDLN) e Instituto Federal do Ceará (IFCE), denominado DIAGNÓSTICO APICULTURA.

Este livro mostra a possibilidade de condutas propositivas, a partir do enfrentamento de demandas oriundas de apicultores residentes em Tabuleiro do Norte. Contudo, até mesmo para identificar os pleitos dos trabalhadores do campo, foi necessária uma mudança de conduta expressa no real interesse em ouvi-los, acolhê-los e pensar resoluções de forma coletiva. É possível fazer história de forma diferente da qual estamos acostumados(as). O princípio da autoridade compartilhada foi fundamental nessa seara, isto é, no direcionamento “para a discussão acerca da atuação colaborativa entre agentes locais e historiadores e historiadoras que buscam uma história pública que leve em conta a participação popular em seu processo de elaboração e divulgação”.

MARIO MARTINS VIANA JÚNIOR
Professor do Mestrado Profissional em Ensino de História (PROFHistória) e do curso de graduação em História da Universidade Federal do Ceará. Chefe do Departamento de História (gestão 2021-2023). Possui pós-doutorado pelo ICS de Lisboa/Universidade de Coimbra (2019-2020); doutorado em História Cultural (UFSC-2013); e mestrado em História Social (UFC-2009). É tutor do Programa de Educação Tutorial (PET) de História. Foi líder do Núcleo de Estudos sobre Memória e Conflitos Territoriais (COMTER) de 2014 a 2021. Coordena o projeto de pesquisa – Por uma história agrária no Ceará. Coordenou o Grupo de Trabalho (GT) – Questão Agrária – da ANPUH-CE. No COMTER, foi responsável pelo Grupo de Estudos sobre Questão Agrária. Desenvolve trabalhos de extensão voltados para a educação popular, a exemplo do programa de extensão – Memória das Comunidades Impactadas pelos Perímetros de Irrigação no Ceará. Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil, atuando principalmente nas seguintes temáticas: campesinato, conflitos territoriais, memórias do campo, semiárido, gênero, masculinidades, América Portuguesa, Brasil República.

ALFREDO RICARDO SILVA LOPES
Possui Graduação, Mestrado e Doutorado em História pela Universidade Federal de Santa Catarina. Fez Doutorado Sanduíche no Exterior no Rachel Carson Center / Ludwig-Maximilians-Universität München) e Pós-doutorado no Programa de Pós-graduação em Letras do CPTL / UFMS. Realiza pesquisas na área de Ensino de História, Educação do Campo, História Ambiental, Crise Ambiental e Antropoceno. Atualmente é Professor Adjunto do Departamento de Educação do Campo da Universidade Federal do Santa Catarina, docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ensino de História da UFSC (PROFHistória) e professor/pesquisador no Laboratório de Imigração, Migração e História Ambiental (LABIMHA – UFSC).