Pandemim é de se ler com cuidado, devagar e divagando.
O nome, mais que original, tem tanto de significado, tanto de escondido que se mostra, tanto de sentir o que nem se sabia, tanto de se voltar para o eu olhando para o outro! É de poder sentir a força do feminino trazida bem lá dos escombros que a pandemia espalhou pelo chão, quando derrubou nossas pseudo certezas, nossa sensação de segurança, nossa vida planejada sobre areia fofa.
De muitos jeitos diferentes e únicos, mas ao mesmo tempo tão universais, as histórias todas se entrelaçam. Palavras e imagens e cenas e poesia e olhares procuram de onde vem e pra onde vai tudo. E tudo que fica é nossa humanidade. Aquela que a gente não via.
Cada história, cada poesia, cada imagem, cada percepção, cada vivência, cada maneira de olhar o contexto todo, nos chega de um jeito.
Dos muitos jeitos, cada um é alinhavado em tintas, de modo especial. O acadêmico mistura linhas com o poético, de forma equilibrada e bonita demais; o conhecimento das Ciências naturais traça bordados com o cotidiano, de forma organizada, explicativa, onde o inexplicável de sentimentos, reminiscências, fios de vida poética, também se mostra – e muito!
Tudo é trazido e ziguezagueado com uma fé na vida que acaba traduzindo um pouquinho das lindas almas que costuram as escritas.
Muito inspirador! Muito!
Tânia Cristina da Costa é professora, atuou na Educação Infantil do município de Campinas/SP, por 25 anos. Nesse tempo, teve seu olhar apurado para muitos sentires, porque é isso que fazem as crianças aos adultos que se permitem. As crianças devolveram à ela, olhos de ver poesia em tudo.