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Ruínas da modernidade, Marcos Rogério Heck Dorneles

Ruínas da modernidade é a tese de doutoramento do professor Marcos Rogério Heck Dorneles, trabalho que examina a presença da poética dos escombros na criação e na recepção crítica de dois escritores contemporâneos: o brasileiro Luiz Vilela e o português António Bracinha Vieira. Formado em Filosofia, o primeira estreia na literatura em 1967, com o livro de contos Tremor de Terra, obra inauguradora de uma vasta produção, que abarca romances, novelas e contos, sendo este último o gênero no qual o escritor atingiu maior notoriedade. O segundo, ainda desconhecido da maioria dos leitores brasileiros, formou-se em Medicina, atuou, na década de 1970, como médico junto ao Exército Português durante a Guerra Colonial (1961- 1974), foi professor universitário e deu-se a conhecer como escritor de literatura em 1991, com a publicação do romance Doutor Fausto, a que se seguiram romances, contos, um drama e um livro de poemas.

Embora revelem maneiras distintas de construção do objeto literário – a linguagem de Vilela é direta e enxuta, ao passo que o estilo de Vieira é denso e alegórico; na tessitura ficcional vileliana destacam-se os diálogos, enquanto na vieirense adquire relevo a função do narrador –, o fazer artístico de ambos se aproxima através da oscilação da esfera criativa entre ironia, irrisão, gracejo e escarnecimento na composição das tramas e das personagens; “através ambiência de expressão angustiosa, nostálgica e/ou melancólica do declínio dos anseios dos protagonistas e por intermédio da corporificação da poética dos escombros”. Além disso, como demonstra Dorneles, o ceticismo perpassa a obra de ambos.

Com acuidade e rigor teórico, o Professor Doutor Marcos Rogério Heck Dorneles constrói Ruínas da modernidade, livro que vem juntar-se aos estudos já existentes sobre as obras de Luiz Vilela e Antônio Bracinha Vieira, seguramente, para ocupar um lugar de destaque. Ao guiar-se pelos princípios da contínua inquietação, que gera toda pesquisa científica, o professor se coloca nas antípodas do obscurantismo, das convicções inquestionáveis e do negacionismo. Resultado de uma trajetória dedicada à pesquisa e ao ensino na universidade pública, a tese deslinda o horizonte das ruínas na literatura do brasileiro e do português, mas, fazendo eco às palavras de Flávio Kothe, “é não-ruína por excelência”, porque não se molda (não se curva) aos escombros que nos cercam nesta hora sombria.

 

Carina Marques Duarte
Professora Adjunta na Universidade
Federal de Mato Grosso do Sul

Descrição

Marcos Rogério Heck Dorneles é Professor Adjunto da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, doutor em Estudos Literários pela UFMS/PPGLetras e líder do Grupo de Pesquisa Literatura e Estudos Interdisciplinares. No âmbito da crítica literária também publicou o livro O voo da palavra em Novolume, de Torres Filho.

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