Carlos Rodrigues Brandão em sua obra capital: memórias de vida, do educador, do pesquisador, com dezenas de fotos da trajetória da juventude dourada nas praias e trilhas cariocas à militância na educação popular, construindo trajetória que o tornou referência em diversas áreas acadêmicas.
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| Autor | Carlos Rodrigues Brandão |
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Um presente para o presente
Escrevemos essas páginas para anunciar um presente para o presente, com mais um dos incontáveis trabalhos de Carlos Rodrigues Brandão. É uma lufada de esperança essas memórias de professor que se confundem com as pesquisas do antropólogo, as aventuras do jovem escalador e viajador, as produções acadêmicas, o en-
gajamento com a Cultura Popular, os escritos poéticos, a prosa contagiante.
Ao longo de suas páginas, as nuances de uma narrativa sem a pretensão de ser uma redação definitiva e sim a potência criativa da vida em movimento, que encorajam múltiplas vozes interiorizadas que ecoam: “Eu, professor!”
Um presente para o presente, desta maneira foi lapidada essa narrativa, ora autobiográfica, ora coletiva, múltipla, plural, assim como os horizontes de utopias e esperanças, vividas e vivenciadas nos caminhos da educação popular brasileira e latino-americana, em sua trajetória de vida, como estudante e professor, como sujeito fazedor de histórias.
São oitenta e um anos do Professor Carlos Rodrigues Brandão. É preciso lembrar que cada corpo no qual habita a alma docente representa vidas recriadas e não revividas, e que memórias de formação valem tanto pelo que contam quanto por seus silêncios e por sua inconclusão, incompletude e inacabamento – assim é o ser humano, no expressar de Paulo Freire.
Reiteramos que Brandão, generosamente, nos permite conhecer suas maneiras de ser e estar no cenário da Educação do Brasil, da UNICAMP e onde mais andou – e ele muito caminhou mundo afora em viagens, em livros, em lives, em inspiração a estudantes e educadores, a orientandos e a colegas.
[…]
Que sigamos caminhando de mãos dadas por projetos coletivos que conduzam para vislumbrar nossos horizontes da utopia, da esperança, em um mundo onde não seja tão difícil amar.
Professora Nima Spigolon
Professor César Ferreira da Silva
EU, PROFESSOR
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