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O Cardeal Bergoglio, na assunção ao Trono de Roma como Papa Francisco, busca no simbolismo de Francisco, o Santo de Assis, constituir marca identitária construída ao longo de oito séculos, mas mais precisamente no século imediatamente seguinte à vida do primeiro Francisco. É o caminho da santificação, da construção textual e simbólica do Pobre de Assis nos primeiros séculos, que o trabalho de Fernanda Amélia Leal Borges Duarte percorre, com fôlego, com acuidade, iluminando as fímbrias do jogo histórico daquele momento que o largo tempo de memória vem comprovar.
No capítulo um, compreende-se a discussão sobre o conceito de hagiografia, entendido tal qual um gênero literário que narra a vida de santos como modelos a serem seguidos pela comunidade cristã. A hagiografia é analisada como uma fonte documental que proporciona debate historiográfico e compreensão do imaginário medieval.
As hagiografias “Primeira vida” (1228) e “Segunda vida” (1247) de Tomas de Celano e “A Legenda Maior” (1263) de São Boaventura foram as principais fontes históricas que nortearam a pesquisa. As narrativas permitiram estabelecer a discussão sobre o modo de vida na Santa Pobreza, proposto pelo santo de Assis aos seus frades. Outros textos hagiográficos foram fundamentais, à medida que funcionaram como suporte de comparação para compreender as inúmeras formas que a Pobreza Franciscana foi debatida entre os frades franciscanos.
O modo de vida na pobreza absoluta será a discussão do capítulo dois. De acordo com as análises do Testamento do Santo, das Regras Bulada e não Bulada e dos textos hagiográficos foi possível desenvolver uma discussão sobre as diferentes formas que a Ordem Franciscana tinha sobre a conduta da Pobreza e como esse debate foi alvo de discórdias internas na fraternidade franciscana.
No capítulo três, a discussão concentra-se na construção da memória e da representação da santidade do corpo santo de Francisco de Assis. Aborda os conceitos de memória e representação como interação social e política para o contexto do século XIII, uma vez que os frades e a Cúria Romana utilizam a figura de santidade do Pobre de Assis para o controle dos conflitos internos na fraternidade franciscana e na sociedade medieval.
O livro apresenta, ao final, comentário de Renata Cristina de Sousa Nascimento, da UFG e da PUC-GO.
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