Descrição
Havia um círculo de giz, incerto e tênue,
delineado na poeira dos meus medos,
que me envolvia como um arco de concreto
e antepunha um precipício aos meus desejos.
Lançado em 1983, o primeiro livro de Flávia de Queiroz Lima, Círculo de Giz, esgotado há mais de duas décadas, sai agora em 2a. edição, quase fac-similar, mantendo as ilustrações de Ferruccio Verdolin Filho e algo do projeto gráfico de Max de Figueiredo Portes. A capa ganhou sóbria dramaticidade, na visão da designer Lily Momisso, e a diagramação é assinada por Derval Braga.
A nova edição integra o selo Dionysius, da Pangeia Editorial, e chega com posfácio do editor, o Prof. Rauer, e bio e fotos da autora, de Gersão e Vera Godoy. Ciosa da clareza da escrita, Flávia manteve alguns acentos diferenciais. A nova capa foi elaborada a partir da ilustração de Ferruccio para o poema que dá título ao livro e o encerra.
O poema é também o centro da leitura do livro empreendida no postácio, que anota a potência das escolhas lexicais ao longo do livro, a capacidade e domínio do aparato poético por parte da autora, e percebe que há círculos do feminino na obra de Flávia, e que eles se mostram constrangidos pelo círculo de giz, conforme se percebe na estrofe acima.
A poesia de Flávia de Queiroz Lima é denúncia e é grito de libertação.
Para ler alguns poemas de Flávia
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