Ontem, 27 de março, quinta-feira, Juliana Gobbe recebeu Nima Spigolon na sua série “Mulheres no front”, no Instagram @juliana_gobbe. Trataram do livro Elza Freire e Paulo Freire: Noite de Exílio, Dias de Utopia, Prêmio Jabuti Acadêmico 2024 na categoria Educação e Ensino.
Também falaram da poesia de Nima. Na ocasião, Juliana Gobbe informou que enviaria à editora uma resenha sobre Chumbo Sutil, um dos livros de poemas que Nima Spigolon lançou em 2024.
Para adquirir Chumbo Sutil
CLIQUE AQUI !
A resenha, que aponta descompassos e aporias que se presentificam nos poemas do livro e indica vertentes da poesia epifânica de Nima Spigolon, segue abaixo:
Chumbo Sutil: entre o olhar e o ver
Juliana Gobbe *
Chumbo Sutil é um inventário de paisagens.
Aqui e acolá a poeta Nima Spigolon trata diretamente com os agrestes endógenos e os temporais externos.
Há no livro uma complexa dialogicidade entre o tangível e o nem tanto.
São palavras que desvendam aos leitores “jardins de flores de cera” e “tempo sem horas”, na medida em que a poeta tece seus fios numa imagética percebida pela agudeza da realidade e a sutileza dos movimentos ternos, transitando por corpos sedentos e bocas embriagadas.
Há nesta lavra poética um misto do sensorial alinhando-se aos vislumbres daqueles que chegam aos lugares ermos em manhãs de primavera.
Ao colocar-se como dona e refém de sua poesia, Nima traça caminhos nem sempre confortáveis, mas repletos do indizível que se pretende traduzir por imagens.
E é exatamente no descompasso entre olhar e ver que Chumbo Sutil torna-se caminho aberto para seus passantes, digo: leitores.
Juliana Gonçalves Gobbe
Líder do Coletivo Literário Kalúnia, CLIKA, de
Atibaia, SP; mestre em Educação (2016); em
2018, fez estágio no Instituto Internacional
de História Social, em Amsterdã, Holanda
Para adquirir Chumbo Sutil
CLIQUE AQUI !
Capa do livro, de Ciberpajé, com a 1ª orelha,
na qual consta trecho de ensaio de
Aira Maiger sobre o livro