dezembro 23, 2019

Jeanderson de Sousa Mafra assim apresenta este livro:

“Minha pretensão neste estudo foi a de pôr
em crise o olhar lançado sobre a judeidade (sua
condição de ser judeu) de Manoel Beckman
havido na pesquisa historiográfica da Dra. Maria
Liberman em sua dissertação “O Levante do
Maranhão, Judeu cabeça do Motim: Manoel
Beckman”, onde, como se lê, ela baseia ser
Beckman judeu pelas acusações e difamações
que ao mesmo eram infligidas na época. Como se
sabe, o período histórico de nosso personagem foi
o colonial em que a Igreja Católica perseguia
“hereges” e outros inimigos da fé católica com fito
a homogeneizar a sociedade medieval e “defendêla”
dos perigos representados por supostos
inimigos do cristianismo. A Igreja também se
utilizava do dispositivo inquisitorial para se apossar
das riquezas dos perseguidos presos e
executados em autos de fé – e daqui
depreendemos a intenção macabra de muitas
perseguições.

Para Liberman, a “verdade” sobre um
sujeito é aquilo que o documento histórico diz e
alega. Suas fontes são correspondências do
Governador deposto Francisco de Sá e Menezes e
outros documentos da Inquisição onde se verifica
um antijudaísmo, bem como o uso do termo
‘judeu’ de modo mais pejorativo do que sendo
este uma prova da condição realmente religiosa
do acusado.”

agosto 9, 2023

Jeanderson de Souza Mafra, autor dos livros Discurso,Sujeito,Verdade e Discurso e Violência – As implicações das relações de poder nas instituições de segurança pública do Maranhão, livros da Pangeia Editora, fez lançamento nesta segunda-feira, dia 7 de agosto, em São Luiz, no Maranhão. Abaixo, alguns registros do lançamento: Jeanderson Mafra com a jornalista Aylan Carvalho (veja…

dezembro 23, 2019

Jeanderson de Sousa Mafra assim apresenta este livro:

“O trabalho a seguir foi escrito durante tardes e madrugadas, entre leituras de Michel Foucault e o pavor que senti do 1984, livro de George Orwell, onde ele narra um mundo distópico, no qual os indivíduos são vigiados pelo governo e os subversivos são torturados e mortos. Estava na graduação em Letras à época e trabalhava no Coroadinho, a maior favela do Nordeste e a quarta maior do Brasil. Foi um lugar onde vi vários desmandos serem cometidos e onde decidi me posicionar, reagindo conforme havia aprendido de meus pais: respeitar a vida, ser correto, não apoiar a tortura, o assédio, a corrupção e toda a apologia da morte.”